Estavam numa roda de bar, os três amigos, e discutiam sobre a vida de Dante. Cachaça ne mesa, um dizia “O cara passou o inferno” e os outros concordavam. “Como era mesmo o nome do cara que ajudou?” outro perguntava. De forma desorganizada, garrafa esvaziando, vão lembrando dos acontecimentos.
“Foi a Beatriz” disse João. Como assim Beatriz? Os outros não entenderam. “Me disseram que Beatriz soube de Dante, que ele tava perdido, meio perturbado” e continuou “ela ligou praquele cara, como é mesmo o nome?” Caio Cesar achava que era Dejair e disse “Dejair, era esse o nome”. A memória é coisa meio ruim, atrapalhada pela cachaça não melhora e Saramago virou Dejair para aqueles três. “Então, Beatriz ligou, ela não podia ir lá, então ligou e o Dejair foi ajudar. Quem me disse foi a própria Maria, ela que viu Dante na rua e contou pra Beatriz”
…
Aos trinta e três anos Dante se encontra diante de um grande dilema. Seu caminho estava barrado. Dante pensa então em parar, desistir de sua caminhada pela estrada que não conhecia, e nem sabia onde iria parar. Por que enfrentar os perigos de qualquer caminho por algo desconhecido. Por que continuar se depois de tanta caminhada tinha apenas o rumo entravado por bestas?
Dante, em suas dúvidas avistou um homem. Reconheceu Saramago, que vinha a pedido de Beatriz, informada por Maria.
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Fica a minha homenagem (atrasada) às mulheres que aparecem, intercedem, ou que simplesmente existem, mesmo que muitas vezes não devidamente reconhecidas.
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